segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Cotas

Dias atrás me envolvi numa discussão acalorada no facebook, diante de uma postagem de uma ex-colega de faculdade, indignada pelo fato de ter sido preterida para o curso de medicina da UFRGS, em função das cotas raciais e para oriundos de escola pública. Evidentemente ela acha absurdo, o fato de algumas pessoas, pelo "simples" fato de não terem melhor acesso a formação adequada, acabarem ingressando em curso de alta concorrência de uma universidade federal.

Tenho cá minhas opiniões sobre o assunto, que são divergentes das opiniões dela, carregadas de um ranso elitista, o mesmo que ainda preenche lamentavelmente as mentes de grande parte da população, sobretudo das que nasceram e vivem ao sul do país. Levar esse tipo de discussão adiante, é o mesmo que tentar fazer com que gremistas e colorados cheguem a um concenso de sobre quem é melhor, mas é sempre interessante ler, nas entrelinhas das opiniões, o quão arraigado está o preconceito social e racial, a sociedade brasileira.

Fica difícil lembrar-se das dificuldades vividas por aqueles que por anos foram deixados de lado, em favor da minoria elitista, sem ter sofrido tais efeitos. É um tanto complicado (ou talvez nem tanto), imaginar que ex-cativos, sem nenhuma instrução e estrutura, foram feitos homens e mulheres livres, no melhor estilo "a bangú" (usando um termo portoalegrense), e o quanto até hoje seus descendentes sofrem os efeitos deste descaso.

Então aos adeptos do palavrório decorado "ao invés de dar o peixe, ensinar a pescar", implementado pela direita na eleição de 2002, e que acabou virando até promessa de 13ª para o bolsa-família em 2010, lembrem-se: Quem disse que eles tem dinheiro para comprar o caniço e as linhas de pescar? E será que eles têm força para puxar o peixe da água?

É por causa desse tipo de argumento sem-vergonha, que a direita vai definhando (graças a Deus), por estes brasis a fora. O espaço se apequena pra gente que só quer governar para meia-dúzia. Espero ansioso pelo dia em que meus conterrâneos aprenderão essa preciosa lição.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

"Escrivinhando..."

Não, eu não morri, nem corri, nem desapareci. Só estava mesmo, e ainda estou, um pouco, mais ou menos, completamente, assim, sem inspiração. É, a falta de inspiração é comum entre os grandes escritores... e também entres os pequenos escritores... e também em indivíduos como eu, que não são grandes, nem tampouco escritores, só ficam aqui tapeando, postando um monte de abobrinhas, só pra não dizer que não escrevem nada.

Minha última postagem foi há uns quase seis meses, e eu até pensei em tirar do ar este singelo blog, onde já escrevi de tudo um pouco. Mas me lembrei que ele foi meio de desabafo em tempos idos, tempos um tanto complicados, e que as linhas que escrevi me ajudaram a melhorar como ser humano, e tal e coisa... e aí reconsiderei, mantive-o no ar, e hoje até resolvi escrever, aliás, já a dias tô como isso na cabeça, e hoje resolvi pôr pra fora (melhor pra fora do que pra dentro, já diz o sábio Shrek).

Assim sendo, azar de quem lê (risos), pois eu pretendo aparecer por aqui, e postar uma coisinha aqui, outra ali, de vez em quando. Como se diz na minha terra "não 'podemo' se 'entregá' pr'os 'home' de jeito nenhum...".

Achei que seria um crime, parar de lutar contra meus simpáticos moinhos, bradar minha indignação contra aqueles que só olham para seus próprios umbigos, e o resto do mundo que se f... que se f..., ah, droga, que se dane. Por mais que eu tenha certeza que pouquíssimas ou nenhuma alma lê este humilde blog, eu continuo aqui escrevendo, vibrando com os avanços e as melhorias da população deste meu país continental, e vibrando também com o desespero daqueles que vêem o poder se esvair entre os dedos tal qual areia, poder político, poder financeiro, poder de influência, e por aí vai. Só quem acredita nos grandes veículos de comunicação, "televisõesões", "rádiões" e "jornalões", é quem realmente quer seguir alienado do mundo, pensando o que eles querem que estes pensem, e a estes, bom, meus sinceros sentimentos, mas o livre-arbítreo é direito sagrado e irrevogável, que é que eu posso fazer?


Acho que meu texto tá confuso, mas não é de propósito, me sentei diante do computador pra escrever o que me viesse, e é isto que estou fazendo. Não prometo que os próximos serão melhores, e mais profundos... vou fazer o possível... volta inspiração, volta inspiração...


Vida que segue!!!!