sexta-feira, 8 de abril de 2011

A dor do luto e a indignação pela perversidade humana

Não se pode explicar, apenas sentir. Dói no mais profundo, dói como se fossem os nossos, afinal, são os nossos. São nossas crianças, nossos concidadãos, compatriotas, nossos irmãos, enfim. Aprendi que não se deve julgar, aprendi que não se deve nutrir sentimentos de baixa estirpe por quem quer que seja. Nesse momento peço perdão a Deus, pois não consigo ser diferente.

Não se sabe ainda quais foram as causas que levaram este infeliz a cometer tal atrocidade, a única coisa que se sabe é que esse trauma jamais será esquecido pelos brasileiros. Como professor, como cidadão, como filho e irmão, a dor se confunde neste momento com a indignação, que acaba de algum modo sem foco certo. Ainda ontem escrevi um texto que saiu como um desabafo, falando em suma do abandono do ensino público pelas autoridades, e do tipo de cidadãos que estamos formando para o futuro.

É claro que esse fato foge a qualquer regra, mas é momento propício para se discutir o futuro da educação e da juventude brasileira. Algo precisa ser feito, para que fatos como esse, queira Deus (e só ele pode fazer algo momentaneamente), não se repitam. A escola precisa volta a ser um local de aprendizagem sim, mas também, um lugar onde os pais tenham confiança de que seus filhos estarão em segurança.
É triste, é dolorido, é uma chaga aberta e as palavras não conseguem refletir o sentimento dentro de cada brasileiro.

É hora de chorar, e não há motivo para vergonha. Conter as emoções é que errado. Luto é isso, para ser sentido, exposto e respeitado. Eu já chorei mais de uma vez, pois ver a dor de pais, parentes e amigos, é um sentimento tão atroz, que emociona até o mais austero dos seres.

E que providências sejam tomadas, é só o que se espera.

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