domingo, 26 de setembro de 2010

Não somos mais gado

Gostaria de berrar aos quatro cantos, mas como não é possível, vou por aqui mesmo: NÃO QUEIRAM ME FAZER DE OTÁRIO!! Os veículos da grande mídia têm, sobretudo nos últimos dias, se empenhando em fazer isso. Eu não sou idiota, mas a mídia golpista insiste em dizer que eu sou. Muito pior do que isso, insiste que, pelo menos em torno de 70 milhões de brasileiros o são.

Não tenho aqui nenhum compromisso em ser analítico quanto ao quadro eleitoral, pois não tenho cacife para isso. Mas não posso deixar de expressar minha indignação, por quem acha que eu e tantos milhões de pessoas, não possuem discernimento para enxergar a manipulação em andamento, e a tentativa de golpe branco se armando.

Insistentes acusações sem comprovação, pipocam nos jornais de grande circulação, em revista (assim, no singular mesmo), e em grupos de televisão, todos a serviço da anti-democracia, escondendo-se por trás de uma tal liberdade de imprensa, que lhes confere o direito de acusar, incriminar e julgar. Enlameam o nome de pessoas, e quando o veredito é de inocência, jamais vêm a público para admitir seu erro, nem com a mesma veêmencia, nem com veêmencia nenhuma.

Qual o motivo de um governo feito para o povo, e com o povo no centro do poder, provocar tanta fúria por parte dos grandes grupos midiáticos? "Ora, para que dar de comer ao povo? Para que filhos de pobres devem ingressar nas universidades? Para que a classe popular deve se instruir, se informar? Nada disso é necessário. Com isso, como nós, a elite branca e cheirosa, vai manipular o 'gado' Brasil?"

Hoje, as pessoas tem computador, tem acesso a internet em casa, mesmo as que não tem tropeçam nas lan house, e assinam tevê a cabo. O bloco midiático que dominou este país a muitos anos, que apoiou o golpe de 64, que esteve ao lado do désposta governo militar dos anos de ferro, e que se espalhou pelos quatro cantos deste país por conta disso, já não tem o mesmo poder. São tantas as provas, que a incredulidade da população é absolutamente incontestável, haja visto até as últimas pesquisas (mesmo algumas sendo manipuladas grosseiramente), que indicam vitória folgada da representante do atual governo, em primeiro turno, com ou sem ataques despropositados.

No Rio Grande do Sul, se desenha algo semelhante, o desespero é por manter algum controle sobre o estado gaúcho, aliás, creio que só reste a camarilha, o desejo de manter sob sua posse, os últimos resquícios de alguma superioridade. Mas é visível que o quadro político vai se alterar e muito nos próximos anos. Velhos lobos da política vão ter de sair de cena, pois a pressão popular, faz com que os espertalhões não possam mais aparecer, após tantas falcatruas, com cara de bom moço na televisão. A legislação eleitoral brasileira se modifica, e ainda assim, a corte suprema do país, ainda insiste em não fazer o que é clamor público, e se dependura no muro, afim de não ter responsabilidade sobre a queda de algumas figurinhas carimbadas. LAMENTÁVEL!

Mais absurdo, é ver o posicionamento do candidato oposicionista mais forte. Este, não sabe se morde ou assopra, crítica severamente, depois diz que não fez. Quer mudança, mas quer dar continuidade, mesmo depois de tanto malhar os projetos do governo. São debochados, arrogantes, prepotentes. São como água, não tem cor, cheiro ou gosto, e serão defenestrados um a um do alto de sua ganância sanguinária. Assistir seus programas eleitorais é garantia de terror. Promessas estapafúrdias e eleitoreiras, atreladas a acusações baixas e ridículas, fazem do horário eleitoral, algo que deveria ser classificado como inadequado para menores de 18 anos, bem como para pessoas com problemas cardíacos.

Imprensa livre sim, mas com responsabilidade e com imparcialidade. Ninguém julga que seu caixote seja o único a não ter maçãs podres, mas é necessário mostrar todos os ângulos, e ter a humildade de deixar as acusações e julgamentos, para as autoridades competentes. O tiro está saindo pela culatra, e daqui a exatamente uma semana, nós brasileiros estaremos indo as urnas, para dizer NÃO ao projeto neo-liberal, para dizer NÃO ao estado mínimo e a privataria, para dizer NÃO aos que, sem mais contar com a desinformação do povo, querem ganhar o poder na marra.

Reforma educacional já!

Reforma penal já!

Liberdade de expressão sim, mas com responsabilidade e imparcialidade!

Não queiram continuar me chamando de idiota, o nordestino de miserável o nortista de silvícola, o centro-oestista de colonizado, o sudeste de superior e o sulista de retrógrado. Se existe esta diferença, ela foi proporcionada pela sua currióla, que assumiu o Brasil em 1500 e só deixou o poder em 31 de dezembro de 2002, Deus queira, para não mais voltar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Um 20 de setembro de saudades



O 20 de setembro só tem significado para quem é gaúcho. O dia em que se iniciou a luta, que culminou na independência do Rio Grande do Sul do império brasileiro: "Como a aurora precursora do farol da divindade, foi o vinte de setembro o precursor da liberdade [...] (hino rio-grandense)". Neste dia, feriado por aqui, os rio-grandenses vão as ruas expressar seu amor por esta terra tão lutadora.

Mas qual o motivo da saudade? É que eu me lembro dos tempos idos da minha infância, quando frequentava CTG e a semana farroupilha era o maior barato. Cavalos, churrasco e prendas, alegria, emoção. A cada vez que o hino gaúcho é entoado, meus olhos turvam, assim como se emociona a grande maioria dos gaúchos. Sinto falta daqueles tempos, onde coisas muito pequenas me faziam feliz, tempos diferentes dos atuais... é, a vida de adulto não é muito fácil.

Sinto falta de Porto Alegre, de viver na capital, de viver a capital, sinto falta das experiências que vivi na capital, e que não voltam mais. O passado morre, e a vida continua, mas os tempos não têm sido fáceis. Talvez eu ainda seja muito jovem para ser saudosista, mas o que é que eu posso fazer se é o que eu sinto?

Rezo e espero por dias mais floridos!

domingo, 19 de setembro de 2010

É preciso mudar...

Certas coisas de repente se põem a cair sobre minha cabeça. Desta vez, trata-se de uma enxurrada incontida, que já há muito tempo ameaça levar tudo por diante. Por teimosia, ego, insistência, burrice, cegueira, sei lá, teimei em ignorar, e sempre achar que havia uma saída, sempre esperar por uma mudança, mas a cada dia que passa, os fatos demonstram que nada disso vai acontecer, e que insistir nessa pieguice, pode levar os anos da juventude que ainda possuo.

Minha mediunidade as vezes berra, e isso nem sempre é interessante. Por meio de fatos absolutamente estranhos a mim, eu constato coisas que me dizem todo o respeito. Ontem, logo após conversar com uma determinada pessoa, eu fiquei com meu astral lá no chão, e logo depois aconteceram coisas absolutamente sem relação, que me levaram a me dar conta de que é hora de tomar uma atitude.

É hora, é mais do que hora, são quase 24 meses nessas remadas, que cada vez mais parecem não serem efetivas contra a correnteza que me empurra em direção a quedas d'água muito altas, que podem me dar um tombo muito feio, que pode me deixar sequelas graves. Não dá mais para esperar uma mudança, que a muito tempo eu sei, embora negue, não vai acontecer.

As vezes sinto que deveria me afastar, sumir, mas não me vejo com forças para isso. Existem laços, já constatados por ambos, que remontam a séculos de convivência, e esse laço não se quebra, a não ser que se queira, e não parece ser vontade de ambos. Mas que coisa triste sentir isso, que eu nem sei mesmo o que é. Que coisa deprimente é não conseguir sair dessa situação, como é chato viver isolado, e não conseguir dar uma passo a frente para mudar de vida.

Eu preciso ir em frente, e preciso te tirar das minhas ambições, pois isso só me fez perder tempo (muito embora tenha aprendido muito), o tempo de estar com alguém que realmente queira estar comigo. Já não posso mais aceitar ser alguém que satisfaz num determinado campo, mas que, por motivo que eu desconheço, seja alguém para uma relação durável. Tu é assim mesmo, se vai mudar não tenho como saber, mas eu não acho que isso deva acontecer.

Creio que nunca consiga me apartar da tua vida, pode ser que essa história tenha reviravoltas, mas eu não quero mais querer esperar. Tenho uma vida para viver, e não quero desperdiçá-la. Não guardo mágoas, mas para mim não tem mais jeito, e preciso me habituar a isso. Não é simples mas eu tenho.

Nem sei qual o motivo de ter escrito isso, mas eu precisa "falar" isso de algum jeito, mesmo que ninguém leia o que eu postei. E com fé em Deus, e nos espíritos de luz que porventura me guiem, tudo vai ser melhor para mim no futuro, e vou conquistar aquilo que almejo. Se foi assim, é pelo fato de que a vida vai me trazer algo melhor.

Desabafei...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Trapo Sagrado

Multi-partidário, ecumênico, multi-étnico, multi-etário (nem sei se esse termo existe). Não depende de cor, credo, religião. Encanta e apaixona pessoas da vila Cruzeiro até o Moinhos de vento, de sul a norte deste país, de um hemisfério a outro, do ocidente ao oriente por este mundo a fora. Amado por uma massa que hoje conta mais de 7 milhões de seguidores. Odiado por muitos mais. Temido e/ou respeitado por todo o globo.

Ostenta uma veste, que é como uma armadura. Nosso manto tricolor, nosso trapo sagrado, sinal de galhardia, de entrega, de superação. Dos feitos, o mais recente foi a proeza de vencer um jogo fora de casa, com o estádio lotado, e apenas sete jogadores, na volta a série A. Fica difícil expliar o que move a mim, e a milhões de gremistas a devotar tanto amor a este clube que hoje completa 107 anos de vida. Só sendo gremista, só sentindo para entender. O olímpico monumental é meu único templo. Lugar de paz e de guerra, de amor e de ódio. Minha casa e a de toda a massa tricolor.

Serão muito e muitos anos de luta e de alegrias. Meu tricolor, meu único amor... ao menos o único correspondido. Por ti e contigo, em todos os momentos.

Parabéns meu Grêmio!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A eternidade do espírito II

Ontem mesmo, sentado diante do meu laptop, tentava achar um jeito de começar a escrever. É, por mais escritor meia-boca que eu seja, eu também necessito de inspiração. Abri o blog, pensei, pensei, pensei... coisas que eu quero escrever eu sei bem, mas o ponto é, como começar. Muitos são os textos sobre o assunto, escritos por pessoas de todo o mundo, pessoas com gabarito, com grande conhecimento... aí eu pensei: "agora tu deu o passo maior do que a perna magrão!"

No fim das contas desisti momentaneamente do meu intento, esperando uma oportunidade mais inspirada. Noite passado dormi cedo, e dos meus sonhos que foram espantosamente claros na noite passada (31 de agosto), surgiu um intróito oportuno. Te agradeço vô Auri, seguindo seu caminho evolutivo no plano astral, mas aparecendo pra dar notícias e dar uma forcinha pra este neto aqui.

Dias atrás, sonhei com minha falecida avó, aquela mesma que supostamente autorizou um desconto de seguro na conta telefônica aqui de casa. Foi um sonho marcante. Eu, tão acostumado a sonhar asneiras, pela segunda vez, tive certeza de estar em outra dimensão via espírito, enquanto meu corpo dormia em meu quarto. Era madrugada e eu acordei bastante impressionado. No sonho, minha avó, com um semblante de paz, os mesmos olhos, a mesma expressão. Foi muito impressionante, era a pele dela, senti o calor deste toque, e até o cheiro, que não consegui definir de pronto, e agora menos, apenas sei que se trata de algo invulgar na terra em que vivemos, para não dizer inexistente. Eu só me recordo de chorar sentidamente, e repetir entre soluços: vó, vó, vó. Eu sentia uma paz imensa, eu sabia que ela estava bem, e que seguia viva em outro plano, mas um contato como esse, é para varrer qualquer poeira de dúvida. Estávamos rodeados por uma corrente de amor e de paz intensa. Senti a presença de muitas pessoas, e até o toque de algumas delas, mas não as vi, decerto por não alcança-las no estágio evolutivo. Jamais vou esquecer desta minha viagem astral. Desde então, a falta dela é diferente. Sei que ela já não priva de tanta convivência conosco, e sempre que me lembro dela, lembro daquela cena, e sorrio. Ela partiu para um outro plano, está bem, está feliz, e eu feliz por ela.

Pois bem. O último sonho que tive neste contexto, foi com meu avô paterno, que já desencarnou há pouco mais de um ano. Nesta mesma noite andei vagando por muitos locais diferentes, e num dado momento, me vi diante da porta de uma casa simples, feita com tábuas rústicas. Abri a porta, sem saber quem estava lá dentro, acatando certamente o pedido de alguém que me acompanhava embora eu não visse, já que não tenho costume de entrar na casa alheia sem ser anunciado e convidado. Ao entrar vi um espírito, que imitava minha tia-avó materna, chamada Rosa. Digo imitava, pois tenho quase absoluta certeza que não era ela, pois além dela estar encarnada, também não fazia muito sentido sua presença naquele local, pelo motivo que em seguida exporei. Creio que se tratava de um outro espírito que assumiu aquela forma por algum motivo. Não falei com ela, apenas nos cumprimentamos. Ela irradiava bondade, pude perceber isso. A direita estava meu avô, ao lado do que parecia ser um fogão de lenha. Aí está a explicação para a falta de nexo da presença dela lá, já que pelo que me consta eles sequer se conheceram, e se se conheceram não tiveram grande contato.

Mas enfim, vou voltar ao centro do sonho, que é justamente o meu avô. Um ponto marcante é que eu parecia ter voltado no tempo, aquele lugar me lembrava os anos 80. Vi até um Corcel II estacionado numa rua próxima a este local. Muito bem, voltando ao meu avô (eu começo a viajar e saio do foco, preciso aprender a mantê-lo), quando eu o vi, o cumprimentei, e perguntei com ele estava. Ele, jovialmente, feliz e saudável me respondeu que estava bem, que estava recuperado daquilo que o havia feito desencarnar. Me disse também que se assustou diante da morte, talvez por se dar conta de que a vida continua e de que a morte é só uma passagem. Perguntei a ele se ele estava em alguma clínica de tratamento, e ele disse que sim. Mais adiante falou que tudo isso era graças a mim, graças a minha crença, me chamou de poderoso. Eu disse a ele que não era nada disso, que não tinha a ver comigo, e sim com a bondade divina (não foram bem com estas palavras, já não me recordo exatamente). Ele seguia repetindo, "tu é muito forte, tua fé é muito forte". Em dado momento eu me dei conta de que estava no mundo espiritual e pensei "eu não posso acordar agora". Mas a este pensamento, quase de imediato recobrei a consciência e já pude ouvir os ruídos externos a minha casa. Não é a primeira vez que sonho com ele. A outra vez foi na manhã interior ao seu desencarne. Ele estava no hospital, na UTI, e pelo que entendi veio despedir-se de mim, ou melhor dizendo, eu fui até ele para me despedir.

Bom, posso dizer que sei muito bem discernir os sonhos comuns, destas viagens espirituais. É muito diferente, é muito mais claro e faz todo o sentido. Encontrei com meus avós falecidos, num período muito curto. Encontramo-nos em meus sonhos. Os vi bem, recuperados, felizes. Gostaria mesmo é que todos tivessem essa compreensão, pois encarar as perdas seria bem menos penoso. A vida do espírito é eterna, e cada encarnação uma benção, uma nova oportunidade de crescimento, de melhoramento. Os entes queridos que partem, deixam apenas o corpo, mas seguem nos acompanhando sempre que possível em espírito, nos inspirando, aconselhando, ajudando a nos melhorar-mos. Eu não posso obrigar ninguém a crer, mas posso aconselhar: duvide, mas procure saber mais. Aprenda! Abra-se para isso. O espiritismo é uma realidade, o espírito é eterno, a vida segue, e o melhor que temos de fazer é utilizar cada encarnação da melhor maneira possível.